Envelhecimento e quadros demenciais
O envelhecimento da população é um fenômeno mundial. Graças ao avanço médico-científico pode-se observar atualmente o aumento da longevidade. No entanto, determinadas condições patológicas, cuja incidência é maior na população idosa, tornaram-se evidentes.
As demências compõem um número importante desses quadros patológicos. Entende-se por demência o conjunto de sintomas conseqüentes de doenças que afetam o cérebro e que se caracterizam fundamentalmente pelo comprometimento da memória, além de prejuízos em pelo menos mais uma das funções neuropsicológicas, e que afetam de forma significativa o funcionamento social e ocupacional do paciente. Os indivíduos acometidos pelas demências geralmente apresentam dificuldade no controle das emoções, na resolução de problemas, podem apresentar mudanças na personalidade e problemas de comportamento.
Os quadros demenciais têm importante impacto nos aspectos econômico, social e familiar do paciente. Conforme os sintomas avançam, aumenta também a dependência do paciente e a sobrecarga na família tanto emocional como financeira.
A perda dos neurônios e a conseqüente deficiência na comunicação entre eles ocorrem em todos os tipos de demência. Embora as causas específicas dos quadros demenciais ainda sejam um grande mistério, sabe-se que eles resultam de diversas doenças físicas. A seguir apresentamos algumas informações simples a respeito das demências causadas por doenças do Sistema Nervoso Central, como Alzheimer, a Parkinson e a Esclerose Múltipla. Doença de Alzheimer
A Doença de Alzheimer (DA) é uma doença neurodegenerativa, de início gradual e curso progressivo, e que afeta o cérebro causando prejuízos na memória, e dificuldades na linguagem, na realização de atividades motoras, na percepção e nas funções executivas.
A prevalência da DA na população mundial é de 2 a 4% entre as pessoas com mais de 65 anos, embora esse número aumente com a idade, chegando a