envelhecimento populacional

Envelhecer com saúde é um direto de todos
Renato Veras é médico, com residência médica e especialização em Psiquiatria. Mestrado no Instituto de Medicina Social (IMS/ UERJ), segundo mestrado em Saúde Coletiva (Community Medicine), na London School of Hygiene and Tropical Medicine (LSHTM). Doutorado no Guy's Hospital, da Universidade de Londres. Professor da UERJ, diretor da Universidade Aberta da Terceira Idade (UnATI). Pesquisador do CNPq. Em seu artigo “Envelhecimento populacional contemporâneo: demandas, desafios e inovações” publicado na revista Saúde Pública em 2009 discute as conseqüências sociais, no que diz respeito à saúde, provocadas pelo aumento do número de idosos no Brasil em tão pouco tempo.
De acordo com Renato Veras “o crescimento da população idosa é um fenômeno mundial e, no Brasil, ocorrem de forma radical e bastante acelerada”. Projeções indicam que, em 2020, seremos o 6º país do mundo em número de idosos, com uma estimativa superior a 30 milhões de pessoas. Em 50 anos, o número de idoso teve um aumento de quase 700%, e devido a esse elevado crescimento, doenças próprias do envelhecimento ganham maior destaque na sociedade. A maioria dos idosos são portadores de doenças crônicas e alguns deles com limitações funcionais.
Ainda, segundo ele, um dos resultados dessa dinâmica é a maior procura dos idosos por serviços de saúde, onde as internações hospitalares são mais freqüentes e o tempo de ocupação do leito é maior quando comparado a outras faixas etárias. Ele deixa claro que a prevenção é efetiva em qualquer nível, mesmo que nas fases tardias da vida, sendo a prevenção a chave para se mudar o quadro atual.
Mas será que temos investimentos e políticas públicas necessários para atender à população idosa? É exatamente sobre esse assunto que o autor segue escrevendo seu artigo, relatando que a falta de informação, o preconceito e o desrespeito com os idosos somam-se a precariedade de investimentos públicos e de recursos humanos para atender às