Envelhecimento Morte Celular
Autores: Carla Simone Seibert e José Lopes Soares Neto
Sumário
I. Introdução
II. Características genéticas e o envelhecimento
III. O papel das mitocôndrias no envelhecimento
IV. Mecanismo de morte celular
V. O comprometimento da integridade dos tecidos no envelhecimento VI. Fatores que interferem na qualidade e no tempo de vida
VII. Referências
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I. Introdução
Muitas vezes nos deparamos com a idade à nossa frente, seja por lembranças que nos trazem à consciência o tempo que já passou ou pela imagem refletida no espelho. O envelhecimento é resultante da perda progressiva da funcionalidade do corpo, o qual é ditado ao longo dos anos. Assim, o envelhecimento representa a expressão da redução gradual da atividade celular, refletida nos tecidos e órgãos do organismo (Figura 1).
Figura 1: O envelhecimento é um processo que acarreta a redução da funcionalidade do corpo e é observado pelo aparecimento de linhas de expressão facial, flacidez da pele, manchas de idade, aumento da limitação física, perda de memória, entre outros.
Nosso corpo é formado por células somáticas que estão em constante divisão. Mas, se as células se dividem continuamente, quem marca o tempo biológico?
Várias teorias tentam explicar o processo do envelhecimento, essas foram separadas em dois grandes grupos: a teoria determinista e a teoria estocástica. A teoria determinista defende que o envelhecimento é desencadeado por uma programação puramente genética e inclui teorias como a teoria somática, a genética, a imunológica e a das telomerases. A teoria estocástica, por sua vez, defende que o envelhecimento é conseqüência de sucessivas lesões do ácido desoxirribonucléico (ADN), inibindo o funcionamento celular e a expressão apropriada dos genes. Essa inclui teorias como a da lesão/reparação do ADN, da oxidação dos radicais livres, do ADN mitocondrial e das radiações. Diante desse histórico, o fator mais apontado para influenciar o envelhecimento celular é o genético