Entrevista
(Foto: SH Assessoria)
Mara Lúcia: Eu vi que você visitou vários países ao longo da sua missão. Eu queria que você explanasse qual foi sua maior dificuldade?
Iza Angélica: Eu morei em Israel por dois anos e visitei outros dez países. Existe uma diferença muito grande entre morar e visitar. Então, relacionado a dificuldade do morar, porque é diferente eu passar um dia naquele país e passar dois anos em outro país. A dificuldade básica seria a “enculturação”, você largar, deixar o seu modo de viver, o seu modo de ver o mundo, de conhecer as coisas, de se relacionar e aprender uma nova forma de relacionamento, de comida, de costume. Uma coisa engraçada, é... eu sou daqui de Sobral, nasci aqui, sempre vivi aqui e aqui nós temos verão de janeiro a janeiro, não é? E lá eu enfrentei inverno, primavera, outono e verão. Uma bobagem particular minha (risos). Eu ficava impressionada... como a mesma terra era capaz de ser tão diferente. Em um mês eu estava de short e camiseta, em poucos meses depois, eu estava de casaco, de luva, batendo a mão de frio, batendo o queixo de frio e fazendo um paralelo com a minha vida espiritual, se assim eu posso dizer. Eu ficava impressionada e conhecia mais a mim mesma, como eu era capaz... como a terra é capaz de ser tão diferente, eu também sou capaz de ser tão diferente. A gente vai se conhecendo, vai se adaptando e vai conhecendo mais a si mesmo... (risos) Você conseguiu entender o paralelo interior que eu fiz? Eu respondi a sua pergunta?
Mara Lúcia: Sim! (risos)
“O mais difícil pra mim foi deixar a mim mesma”.
“Deus nos surpreendia e às vezes eu não precisava falar muita