entrevista sobre o jornalismo de Silóe Almeida
1- Especialistas afirmam que o jornalismo feito hoje em dia perdeu qualidade por causa de leitores desinteressados. Você concorda com essa declaração?
Siloé Almeida: Não concordo. Porque a produção do jornalismo evolui e se adapta aos novos meios e ao comportamento do público. Quem fizer melhor vai ter mais audiência e vai conquistar mais patrocinadores! Procure saber se as melhores revistas impressas, jornais impressos ou os melhores telejornais estão pensando em baixar a qualidade.
2- Durante o período em que você trabalhou na CBN, quais foram os momentos mais marcantes? Por quê? E durante seu período de colaboração para a Rede Globo?
Siloé Almeida: Fui Correspondente Internacional da CBN.
Um desses momentos foi quando eu fiz a cobertura da repercussão do julgamento do Pinochet, em Londres. Eu fiz também a cobertura, ao vivo, direto de Santiago do Chile. Lá, eu vi pessoas militantes da DIREITA, nas ruas e levando jatos de água, na cara e nas costas. Eles eram a favor de Pinochet e apanhavam da polícia, na rua. E era gente da elite. Foi um choque pra mim. Até então, eu havia visto somente militantes de esquerda nas ruas.
A cobertura de um tremor de terra e de um vulcão no Equador, ao mesmo tempo. Foi perigoso e emocionante. Você se sente muito mais jornalista, em um momento assim, dessa grandiosidade.
Para a Rede Globo, Fantástico e Jornal Nacional, foram grandes momentos. E, às vezes, ainda faço alguma coisa. Para o Fantástico, foi a matéria do estudante que, num incêndio, pulou do 5º andar e apenas quebrou o pulso. A matéria tratou de vários detalhes deste milagre. Para o JN, um exemplo, poder ser o caso dos