Entrevista - Roberto DaMatta
Sociedade brasileira contemporânea – Entrevista Roberto da Matta(Antropólogo) Roberto da Matta começa a entrevista já afirmando o quanto é impossível explicar o que é ser brasileiro. O Brasil se divide em dois objetos extremamente diferentes, a primeira é: o Brasil como sociedade, valores e culturas; a segunda: uma outra comunidade que define um mundo globalizado que passa por constante modificações. Muitas pessoas reclamam da sociedade em que vivemos, desejando a melhora do Brasil em uma busca de melhor qualidade de vida, tanto em espaços públicos como nas relações com outras pessoas visando respeitar o próximo; desejando também que as desigualdades sociais diminuíssem, que a cultura e seus valores fossem como outros países que podemos notar o quanto alguns são bem mais ricos que a cultura brasileira, que é algo que não pode ser mudada, na verdade é o que nós somos e o que construímos. O antropólogo tem um ponto de vista sobre a comunidade em que vivemos que é bastante válida, vivemos em uma sociedade aristocrática. O ser humano valoriza aquilo e a quem o deixa melhor apresentado perante a sociedade, ter domínio, poder, status. “Ninguém quer ser comum, ser comum é ser inferior” diz Roberto da Matta, e se falarmos em democracia igualitária, que é o que deveria ser, pois somos todos iguais perante a lei, acredito que muitos concordariam, mas que poucos a colocariam em prática. É uma lei que indiretamente não é cumprida pela sociedade já que muitos acreditam nessa democracia igualitária, mas vivem uma democracia aristocrática.