Entrevista pedagogia
Então comecemos.
Há certas coisas na série de Meyer que me chamaram a atenção quando eu li (sim, meus amores, eu li). Uma delas é a maneira como as mulheres são retratadas nos livros. Afinal, é um livro com uma protagonista feminina, escrito por uma mulher, certo? É, até esse ponto sim. Quando eu peguei o livro para ler, eu esperava ver uma visão feminina sobre a vida e sobre a história dos vampiros. Confesso que até fiquei empolgada com a idéia.
Até terminar de ler Crepúsculo.
Quando li a última página do livro, confesso que estava me sentindo um tanto… incomodada. Nem tanto pela história ruim, ou pelo tédio, ou pelos personagens chatos. Mas pela forma como as mulheres daquele livro se comportavam. Pela forma como BELLA, a protagonista, se comportava. Eu fiquei MUITO incomodada (cof-ofendida-cof). Sentia como se estivesse lendo uma história do século XVIII. E nada contra os livros daquela época (nada MESMO), mas bem… estamos em 2009. A história se passa no nosso século. E foi aí que comecei a raciocinar comigo mesma. Ok, Stephenie Meyer já declarou que se inspirou nela mesma para fazer a Bella. Logo, significa que ela se comporta como a Bella. Concluindo: ela se comporta como uma mulher do século XVIII. Ok, eu sei que boa parte disso se deve ao fato de Meyer ser mórmon. Nada contra os valores e a religião dela. Mas quando se escreve um livro, creio que os valores e crenças do autor não devem interferir na história (pelo menos não TANTO), tendo em vista que irá influenciar muitos leitores que ainda estão formando caráter. Mas no caso de Twilight, nem precisamos dizer que os valores estão mais do