Entrevista falsa
Nome : Letícia Marques
Série : 9º α
Matéria : Literatura
Professor : Bruno
Gregório de Matos Guerra (1636-1695) temido e reverenciado na Bahia setecentista, conhecido como “Boca do inferno”, é o autor de uma poesia ferina e virulenta, sempre pronta a atacar os poderosos, os moralistas, os dogmas e os “bons costumes”. Por isso, até hoje sua obra permanece como uma das mais malditas e rebeldes da história da literatura brasileira. É o que comprova esta entrevista cuidadosamente organizada e anotada por Letícia Marques
Por que você virou poeta?
Porque eu gosto de escrever e quando fui internado não tinha nada que me interessasse.
Por que você normalmente faz poesias de um gênero tão violento?
Porque eu estou apenas retratando o modo que vejo a sociedade, que na verdade é um lixo, onde apenas existem pessoas que pensam apenas em si.
O que você pensou quando escreveu o poema “Define a sua cidade”?
Que a Bahia é um estado de alienados, incompetentes e hipócritas.
Por que te chamam de “boca do inferno”?
Devido a minha ousadia em criticar a igreja católica e o clero.
Por que gosta tanto de criticar a Bahia?
Para ver se os baianos abrem os olhos para perceberem os governadores não tem a capacidade de estarem no poder. Um bando dos corruptos e exploradores.
Algum momento você já se arrependeu de alguma critica que fizestes?
Sim, publiquei duas obras mostrando meu arrependimento, que são: Buscando a Cristo e A Cristo N. S. Crucificado.
Por que você voltou ao Brasil?
Por que eu não me adaptei a vida da metrópole.
Como você fazia para divulgar suas obras, uma vez que elas eram proibidas oficialmente de serem divulgadas pela imprensa?
Minhas poesias corriam em manuscritos, de mão em mão e de boca em boca.
Qual foi seu primeiro poema satírico conhecido?
Foi o poema Marinícolas.
Por que você foi deportado para a Angola?
Para fugir da vingança do sobrinho do ex-governador