Entrevista com uma mãe

Fernanda M. Pompei e Samuel: "Tinha me preparado para sentir as dores das contrações do trabalho de parto, mas ninguém havia me falado que eu teria que suportar mais um tipo de dor!!!"
Sou mãe de primeira viagem do pequeno Samuel de apenas 27 dias. Desde que engravidei, eu e meu marido nos informamos sobre tudo a respeito de gestação e parto, mas em momento nenhum nos preocupamos com a amamentação. Sabiamos da importância de amamentar o neném e que havia algumas coisas desagradáveis no processo, como por exemplo o bico do seio rachar e ficar machucado (por isso ouvi todo tipo de conselho durante a gestação para "preparar" o bico), mas nunca busquei me informar além disso.Para minha surpresa, amamentar se mostrou muito mais complexo do que simplesmente oferecer o seio ao meu filho. Logo que Samuel nasceu ele começou a mamar, e foi muito elogiado pela neonatologista por ter uma boa "pegada". Fazia a boca de peixinho direitinho e mamava com muita vontade!!! O meu colostro era farto e não tive nenhum grande problema além de tentar me manter acordada durante as mamadas, devido ao cansaço pelo processo todo do parto, e aguentar a dor de quando o neném pega o bico (por sorte depois de uns segundos essa dor quase passava por completo e eu conseguia amamentar sem problemas). Como previsto, cerca de 48h depois do parto o leite começou a descer, e desceu bastante mesmo! Enquanto eu ainda estava na Maternidade tudo estava sob controle, mas na minha primeira noite de volta em casa a coisa desandou!O leite desceu em tamanha abundância que meus seios pareciam de pedra! E como doía!!! Meu Deus!! Ninguém havia me falado que eu teria que suportar mais um tipo de dor!!! Tinha me preparado para sentir as dores das contrações do trabalho de parto, e as dores do pós-parto pois me submeti à uma cesárea, mas quando surgiu mais um tipo de dor para ter que lidar, parece que o chão ruíu sob meus pés! Por muito pouco não desisti de tudo. Dentro de mim o conflito era enorme! Por um lado,