entrevista com prof de filosofia
A sofística propôs uma "humanização" da cultura, na qual o estudo de ciências teóricas e práticas estivesse encaminhado para a busca da virtude, entendida como adequação à ordem social. É de Protágoras a frase que coloca o homem no meio das preocupações: "o homem é a medida de todas as coisas".
Esta frase quer dizer que não há um mundo objetivo desvinculado dos sujeitos que conhecem o mundo. Se num dado momento, para um indivíduo, o tempo está quente, o tempo está quente; mas, se para um outro está frio, o tempo está frio. Disso se conclui que não uma objetividade a respeito do tempo. Deste modo, a 'verdade' sobre o tempo é relativa a cada sujeito. Isso é chamado de relativismo.
Idéias sofísticas: a rejeição à tradição, a relatividade dos critérios morais e epistemológicos, como por exemplo a negação da existência de verdades absolutas, e a ênfase nos problemas da vida cotidiana.
O caráter pejorativo que posteriormente adquiriu o termo sofista deve-se sobretudo às severas críticas que Sócrates, Platão e Aristóteles formularam contra os sofistas. Aristóteles definiu a sofística como a "arte da sabedoria aparente", de relativismo, e acusou os sofistas de serem simples comerciantes do saber. No século XIX, Hegel reconheceu os sofistas como mestres da Grécia e iniciou a revisão crítica de seu pensamento.
Estudiosos posteriores assinalaram que Platão e seu mestre Sócrates, contemporâneo e grande adversário dos sofistas, embora ressaltassem o caráter artificial da retórica persuasiva, atacavam basicamente as teses