Entrevista com moradores região campos eliseos

Conversamos com os moradores da região, que nos relataram que após a gentrificação da cracolândia, houve uma segregação da região da Barra Funda, sendo referência a Alameda Eduardo Prado como divisor da área boa e área ruim, assim denominada pelos moradores; sendo que a área do lado Centro se tornou uma área considerada “ruim”, marginalizada, com muitos usuários de drogas, muitos cortiços e muitas construções abandonadas, enquanto a área do lado Perdizes ficou sendo uma área considerada “boa”, ainda preservada e cuidada pelos moradores, possuindo faculdades, escolas, SUS, AMA, creches e maior quantidade de edifícios.
Na área “ruim”, notamos que a maioria dos estabelecimentos prestam serviços e funcionam somente durante o horário comercial, sendo que todos eles, junto com as residências possuem grandes quantidades de aparatos de segurança, além disso, a região é muito erma durante todo o dia, com pouquíssimas ou quase nenhuma pessoa nas ruas. As construções e edificações também estão bem deterioradas, ajudando a tornar a área um lugar não muito agradável e convidativo.
Em compensação, na área “boa”, há uma nítida diferença com relação a tudo: as calçadas estão bem cuidadas, há muito movimento de pedestres, os muros são de altura mediana, é uma área mais valorizada, onde há mais investimentos e mais comércios. Tudo isso torna a área um lugar bem agradável.

A maioria das construções são simples e regulares e muitas são antigas e mal conservadas. Não tendo nenhuma construção de destaque na área estudada.
A única edificação recém construída na região estudada é o SIEMACO-SP, um sindicato que atua na defesa dos trabalhadores representados em ações coletivas e individuais com o objetivo de melhorar salários, benefícios e as condições de trabalho, localizado Alameda Eduardo Prado.