Entre o Calor do Garimpo e o Frio da Malária: Uma História de Vida
“PROFESSORA NAIR FORTES ABU-MERHY”
DA
FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE ALÉM PARAÍBA
CURSO DE LICENCIATURA EM HISTÓRIA
Ana Luiza dos Santos Montes
ENTRE O CALOR DO GARIMPO E O FRIO DA MALÁRIA: UMA HISTÓRIA DE VIDA
Prof.º Dr.º Rodrigo Fialho Silva
Além Paraíba - MG
2012-06-17
(sic)“porque quando você é garimpeiro, você é um sonhador. Então nesse sonho você acaba sendo um explorador também. Então você acaba descobrindo muita coisa. E isso fica pro resto da sua vida, sempre fica aquela vontade de entrar pra dentro do mato, sabe... ai...eu me encontro, né?! Mais até então, é melhor ficar dentro da cidade mesmo.”1
Por: Ana Luiza dos Santos Montes.
Introdução:
A história do garimpo no Brasil é tão antiga quanto a chegada dos europeus à América e pode ser diretamente vinculada a da malária. O garimpo oferece as condições ideais para a proliferação do mosquito, por ser um terreno onde há possíveis pântanos e locais onde há água parada.
Este estudo atenta-se a explanar o que seria o garimpo, relatar sua origem histórica e destacar diferentes aspectos relevantes deste. Caracterizar o garimpeiro como um sujeito social ante a história. E a inter relação do garimpo ante a construção social da Malária neste meio físico. Não tendo a pretensão, porém, de dissecar a fundo o tema.
Para ilustrar a realidade do garimpeiro frente a Malária foi utilizado a narrativa de Neil Aldrin Martins Saraiva, cuja entrevista foi estruturada como história de vida.
Três recortes identitários foram de grande relevância a este estudo, o de nômade que migrava conforme as necessidades econômicas de sua família, o garimpeiro intrinsecamente vinculado a identidade nômade, aventureiro destinado a busca do ouro e o paludo, ou seja, o doente portador da malária. Estes são os três aspectos identitários essenciais a este estudo. O que se pretende aqui é discutir os elementos de relevância em