Entre a ciência e a sapiência cap. iii
Ilca Caetana Marques Silva; discente em Pedagogia. A primeira forma de construir o conhecimento é através das experiências, que tem causas e consequências, ensinando como agir em situações, iguais ou similares. Sentir, amar, experimentar, investigar e compartilhar, situações estas que só vivenciando, passa-se a construir o conhecimento. Primeiro é preciso sentir o “sabor”, para então compreender o sabor e saber identificá-lo. Fui trabalhar em uma escola preparatória para o exame da OAB, onde eu ouvia, digitava, xerocava e preparava apostilas sobre leis. Eu não aprendi o conhecimento da interpretação das leis (que é científico), mas a experiência em ler algumas, beneficiou-me em algumas situações. Não gosto do Direito como estudo, por isso não me aprofundei, então, busquei outra forma de remuneração. Para isso, eu tinha que adquirir outros conhecimentos, ou seja, conhecimento científico. Para trabalhar em um laboratório, especificamente na Cardiologia, era necessário interpretar os traçados, cujos eletrodos e o computador me mostravam. Precisei conhecer, cientificamente, o coração e suas funções. Mas só ao vivenciar o atendimento a cada cliente, que associei o que Rubem Alves descreve como as duas maneiras de se construir o conhecimento, usando a parábola da rede de pesca. A construção da rede que pesca peixes para serem comidos e beneficiar os outros e a organização da confraria. Posso ter o conhecimento científico, mas “a alma humana não pode ser conhecida “em geral”, cientificamente. Cada pessoa é única.” (p.119) Concluindo: Posso identificar problemas cardíacos em traçados, mas se eu não tiver a sensibilidade de reconhecer os problemas humanos, não saberei identificar os problemas do coração (emocional). Isto a ciência não explica. Usando a minha experiência na Cardiologia, posso dizer os tipos de pessoas que ruminam o conhecimento cardiológico e não aceitam que as coisas