A história nos relata que de alguma maneira o proletariado, com o passar dos anos, é quem de fato possui a força de trabalho a qual propulsiona os meios de produção. Os direitos trabalhistas positivados atualmente não surgiram do nada, antes, por grandes conquistas de categorias, cada um à sua época. Como retratado no filme, antigamente não se tinha a preocupação em proporcionar condições dignas de trabalho e melhor salário. Havia por parte do empregador total e plena discricionariedade sobre o que o trabalhador tinha ou não direito. Aliás, a demanda por mão de obra é o que mais se encontrava disponível. Cansados da carga excessiva e condições desumanas de trabalho, os trabalhadores chegaram a conclusão de que eram a parte mais vulnerável nessa relação e que ainda que não tivessem outro meio de subsistência, era necessário que algo fosse feito. Com a mobilização da categoria tentou-se chegar a um acordo com o empregador, que não retrocedeu. É preciso numa negociação ser flexível. O que não ocorreu. De outro modo, não tiveram outra opção a não ser aderir à greve, ainda que diante de muita dificuldade. Pessoas responsáveis pelo sustento da família, ainda que a maioria geralmente trabalhasse e que qualquer decréscimo salarial fosse significativo, abraçaram a causa. No filme nos deparamos com a busca de várias pessoas movidas pelo mesmo interesse em comum dentro da categoria, autônoma de quem detém o poder diretivo de barganha. Na união desses objetivos em comum, por livre e espontânea vontade cada um contribui em pecúnia, ainda que de pouca monta, para garantir um fundo da onde todos poderiam dispor. É interessante notar que essa representação é o que hoje conhecemos como Sindicato. Após muita resistência, a união fez a força. A importância do conjunto da representatividade diante de quem depende desse meio para produzir, coloca em vantagem o trabalhador que deve saber a maneira de