Entraves logísticos ao escoamento da produção brasileira de grãos pelo corredor noroeste de exportação
Elisangela Pereira Lopes
Universidade de Brasília, Brasil e-mail: elislopesdf@gmail.com
Elaine Radel
Universidade de Brasília, Brasil e-mail: elaineradel@yahoo.com.br
Venina de Souza Oliveira
Universidade de Brasília, Brasil e-mail: veninaoliveira@gmail.com
Área temática: Infraestrutura
RESUMO
O presente trabalho tem por objetivo caracterizar a infraestrutura logística do Corredor Noroeste de exportação, via porto de Porto Velho – importante rota de escoamento da produção agrícola do Centro-Norte brasileiro. Para tal, é apresentado o atual cenário da produção na área de influência do corredor, bem como projeções futuras. A logística é analisada considerando essas projeções, e é traçado um panorama das obras de infraestrutura que estão sendo realizadas e que são necessárias ao uso do potencial de escoamento do corredor, permitindo ganhos de competitividade dos produtos do agronegócio brasileiro no mercado internacional.
1. Introdução
O agronegócio brasileiro tem se apresentado, nos últimos anos, como importante setor da economia nacional. Responsável por mais de 22% do PIB (CEPEA, 2010) e cerca de 38% do total exportado pelo país (MAPA, 2010), o setor se destaca pelos altos níveis de produtividade alcançados, mas encontra entraves ao seu crescimento na infraestrutura logística do país. Essa situação ocasiona perda da competitividade dos produtos nacionais ante o mercado internacional, já que acumulam até o seu destino os chamados “custos de transporte”. A dificuldade de escoar a produção resulta em produtos com potencial competitivo reduzido no mercado internacional, em virtude dos custos logísticos embutidos. Por vezes, o uso das rodovias até portos mais distantes é a alternativa que se apresenta como viável. É o caso dos grãos produzidos no Mato Grosso que, em sua maioria, são transportados por rodovias até o Porto de Santos ou