enterobiase
Introdução
Enterobius vermicularis (antigo Oxyuris vermicularis) é um nematelminto da ordem Oxyurida, de origem africana, com registro de sua ocorrência anterior a criação de Constantinopla.
Apresenta dimorfismo sexual, sendo que a fêmea mede cerca de 1 cm e a região posterior é fina e alongada, enquanto o macho é menor, mede de 2 a 5 mm e exibe a região posterior enrolada ventralmente e a ponta romba. Ambos são transparentes, fusiformes, revestidos por uma cutícula branca, brilhante, estriada transversalmente, que se expande ventralmente em duas dilatações, sendo denominadas de asas cefálicas ou cervicais. Além disso, os ovos são embrionados, com comprimento inferior a um milímetro, com superfície viscosa de fácil aderência, possuem uma casca composta de várias camadas e transparente.
O parasito conhecido, popularmente como “oxiúros” ou “tuchina” causa a enterobíase ou oxiuríase, parasitose intestinal, que tem o ser humano como único hospedeiro (ciclo monoxênico), e o prurido anal como sintoma mais característico.
Das helmintoses humanas, a enterobíase apresenta o parasito de maior poder de infecção, possuindo distribuição mundial, com maior prevalência em países de clima temperado e em crianças de idade escolar entre 5 a 14 anos.
Hospedeiros e Vias de Transmissão
Enterobius vermicularis tem o ser humano como hospedeiro único. A transmissão acontece de três formas:
1. Retroinfecção – migração das larvas que eclodem na região perianal, através do reto e intestino grosso até alcançar o ceco, onde se tornam adultos.
2. Auto-infecção – reinfecção com ovos procedentes do mesmo indivíduo, podendo acontecer por transmissão direta da região perianal para a boca, sendo esta responsável pela cronicidade da doença. Pode ocorrer também, por transmissão indireta através da ingestão de ovos pela da poeira, dos alimentos ou das roupas contaminadas.
3. Heteroinfecção – transmissão de um