Enteder a vocação do ser humano para a técnica.
O homem possui certas necessidades das quais não pode abdicar para viver, tais como, comer, beber, movimentar-se, aquecer-se. Desde o princípio, ele tem empregado esforços para satisfazer tais necessidades. Contudo, não se trata de qualquer esforço do homem, mas os esforços despendidos historicamente se configuram em atos técnicos .
Os povos da Pré-história tinham uma intensa relação de admiração e de cuidado com aquela que lhe dava o alimento físico e era sua base espiritual: a natureza. Era uma relação rodeada de mitos, magia e grandes rituais, pois se tratava de um encontro divino. Cada manifestação era representada por um deus, que cuidava, que organizava a vida da Terra: o deus do sol, da chuva, das plantações, dos trovões...
Os estudos antropológicos, arqueológicos, biológicos entre outros comprovam que a técnica é tão antiga quanto a humanidade. Os vários achados nas escavações – fósseis , restos de armas, utensílios de uso diário, pinturas, desenhos, restos de vegetação – comprovam a relação de respeito e temor que o homem possuía com a vida natural e suas técnicas de sobrevivência.
Os historiadores dividiram as fases do desenvolvimento do homem da Pré-história da seguinte forma: “Paleolítico ou Idade da Pedra Lascada (do surgimento da humanidade até 8000 a. C.); Nova Idade da Pedra ou Neolítico (de 8000 a. C. até 5000 a. C.); Idade dos Metais (de 5000 a. C. até o surgimento da escrita).” (ARRUDA, 2001, p. 10).
Diante das necessidades que foram se apresentando nesses períodos, o homem foi transformando a pedra, os ossos, pedaços de madeira em armas que favoreciam o desenvolvimento de instrumentos para obtenção de sua alimentação, os quais eram utilizados na caça e na pesca, bem como para a autodefesa.
Com a descoberta inesperada do fogo (ocorrida no período Neolítico), o homem cria e desenvolve técnicas próprias para o seu tempo que podemos considerar como a primeira tecnologia ; dela se utiliza