Ensino por competêncis
É consenso entre os pensadores da educação que o educando só interioriza o que você ensina se estiver, de alguma forma, ligado ao conteúdo por um desafio, uma motivação. Ou se perceber a importância e a aplicação de tudo aquilo que você quer transmitir.
Essa contextualização é uma das bases do ensino por competências, palavra de ordem da educação no Brasil e em vários outros países. O objetivo dessa abordagem é ensinar aos alunos o que eles precisam aprender para ser cidadãos que saibam analisar, decidir, planejar, expor suas idéias e ouvir as dos outros. Enfim, para que possam ter uma participação ativa sobre a sociedade em que vivem.
Mas afinal, o que são essas competências? E como desenvolvê-las. O dicionário Aurélio define essa palavra como “qualidades de quem é capaz de apreciar e resolver certos assuntos”. Ela significa ainda habilidade, aptidão, idoneidade. Muitos conceitos estão presentes nessa definição: competente é aquele que julga, avalia e pondera; acha a solução e decide, depois de examinar e discutir determinada situação, de forma conveniente e adequada. É ainda quem tem capacidade resultante de conhecimentos adquiridos. Sim, agora são todos esses os objetivos que se deve perseguir ao elaborar um projeto pedagógico.
Para Philippe Perrenoud, “competência em educação é a faculdade de mobilizar um conjunto de recursos cognitivos - como saberes, habilidades e informações - para solucionar com pertinência e eficácia uma série de situações”.
O fim dos conteúdos?
Diante desse quadro, a primeira dúvida que surge diz respeito aos conteúdos. Eles deixam de existir? “Não”. Ninguém aprende nada desvinculado do conhecimento teórico. Como explicar fotossíntese sem dar o conceito. exemplifica Vasco Moretto.
Trata-se de trabalhar essas informações de forma diferente, dando-lhes significado. É o que se chama de ensino contextualizado.
Se todos os saberes devem se unir para atender às necessidades do aluno,