Ensino, pesquisa e extensão

Com a Constituição de 1988 estabeleceu-se o principio da indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão, conforme explicitado no artigo 207 ”As universidades gozam de autonomia didático-científica, administrativa e de gestão financeira e patrimonial, e obedecerão ao princípio de indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão”. Ou seja, é elemento central para a constituição de uma universidade de qualidade.

2.2 fundamentando o que é ensino, pesquisa e extensão.

Ensino, pesquisa e extensão deveria ser a síntese de todo conhecimento que é produzido nas universidades. Conhecimento, este, que de alguma forma poderia ajudar, trazendo alguma melhoria e/ou benefícios à população e aos mais diversos segmentos societários, tendo-se em vista que a universidade pública tem, ainda, o papel de contribuir na construção de uma sociedade mais justa, diminuindo as contradições que existem em seu contexto social. A proposta é que os elementos que compõem o tripé da universidade, como o próprio nome sugere, “caminhem” juntos, para proporcionar uma formação de qualidade. Dias destaca a importância desse tripé na citação a seguir: o principio da indissociabilidade das atividades de ensino, pesquisa e extensão é fundamental no fazer acadêmico. A relação entre o ensino, a pesquisa e a extensão, quando bem articulados, conduz mudanças significativas nos processos de ensino e de aprendizagem, fundamentando didática e pedagogicamente a formação profissional, e estudantes e professores constituem-se, efetivamente, em sujeitos do ato de aprender, de ensinar e de formar cidadãos. (DIAS, 2009: 3)
Além disso, a universidade é um campo no qual as pessoas pretendem afirmar suas propostas de sociedade, uma luta constante entre valores, costumes, opiniões e sentimentos. Assim, a universidade pode ser considerada uma transmissora da ideologia dominante, mas pode fazer parte de uma ameaça à ordem vigente. A dificuldade de encontrar um consenso entre tantos posicionamentos e