Ensino do sistema de numeração decimal: o que falam as professoras
Maria Luiza Laureano Rosas, UFPE, adailrosas@bol.com.br
Ana Coelho Vieira Selva, UFPE, anacvselva@uol.com.br
Introdução
Este trabalho tem por objetivo compreender, através da fala de professoras, como o Sistema de Numeração Decimal – SND tem sido ensinado na 1ª série do Ensino Fundamental do Recife. Por que o SND? Porque é incontestável a importância do SND no processo de alfabetização matemática, uma vez que o “entendimento do funcionamento do sistema de numeração é fundamental na compreensão dos algoritmos e mesmo na realização das operações básicas” (MORETTI, 1999, p.27).
O SND é um sistema notacional composto de princípios e propriedades para representar quantidades que precisam ser compreendidas por seus usuários. No entanto, estes princípios foram sendo construídos a partir da necessidade que o homem primitivo teve de quantificar o mundo para atender as exigências cotidianas de contar o tempo, os animais, os produtos, as pessoas da família e da comunidade, levando-o a reconhecer, registrar e comparar quantidades.
Ao longo da história, foram criados vários sistemas de numeração, cada um com seus princípios e regras específicos, porém, um sistema que resistiu ao tempo e às necessidades humanas foi o hindu-arábico ou sistema de numeração decimal - SND, devido ao fato de ser o mais econômico na escrita, pois com apenas dez símbolos/algarismos (0,1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9) é possível registrar qualquer quantidade, facilitando a leitura e a escrita de números.
Entretanto, estes símbolos são artificiais, pois não se relacionam com as quantidades que representam. Por isso é preciso memorização de uma ordem fixa associada às quantidades. Esta memorização, porém, é insuficiente para ler, interpretar e produzir números, tornando-se necessário compreender as regras de funcionamento do sistema (SILVA, 1990). Vejamos, então as regras básicas do funcionamento do SND:
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