Ensino de história para portadores de necessidades especiais

Introdução

Falar sobre Educação é sempre um desafio proporcionado pelas inúmeras implicações que a licenciatura nos apresenta, pois estão presentes neste cenário não apenas o profissional da educação e os alunos, mas toda uma bagagem sócio-cultural inerente a ambos. A relação estabelecida entre professor e aluno nem sempre resulta em fatores positivos, pois, não será sempre que encontraremos o aluno ideal, mas não deveria ser visto com receio, pois somente no cotidiano escolar estabeleceremos a relação que nos permitirá a construção do conhecimento. O presente trabalho tem como tema de pesquisa as metodologias do professor de História no trabalho com alunos portadores de necessidades especiais nos ensinos fundamental e médio em duas escolas da cidade de Cáceres-MT, Escola Estadual Onze de Março e Escola Estadual Natalino Ferreira Mendes. A habilitação para trabalhar com esses alunos portadores de necessidades especiais historicamente é atribuída aos profissionais da Pedagogia, no entanto, o cotidiano da sala de aula não é um espaço praticado apenas por estes profissionais, mas por professores licenciados em Matemática, Geografia, Língua Portuguesa, História, que também encontram, como objetivos dos Parâmetros Curriculares Nacionais, a inclusão desses alunos no cotidiano escolar. O processo de Inclusão de alunos portadores de necessidades especiais tem sido um tema muito discutido, mesmo porque muitos desses alunos continuam fora da escola e são vistos por uma parcela da sociedade como um “estorvo”, como “pessoas incapazes”. De acordo com Mendes[1] (2002), a educação inclusiva é uma proposta de aplicação prática ao campo da educação de um movimento mundial, denominado de inclusão social, o qual é proposto como um novo paradigma e implica a construção de um processo bilateral, no qual, as pessoas excluídas e a sociedade buscam, em parceria, efetivar a equiparação de oportunidades para todos. O movimento pela inclusão está atrelado à