Ensino de história da áfrica no centro de ensino médio 04 de ceilândia
O objetivo mor deste artigo é debruçar-se sobre o Ensino da História da África no Centro de Ensino Médio 04 de Ceilândia, apontando as dificuldades e desafios que encontrei naquela escola, partindo da minha experiência em ministrar a História da África durante o Estágio Supervisionado II. Contudo, isso não me isenta de cometer alguns tropeços ao longo da minha análise, porém, tentarei não só preencher algumas lacunas, mas também apontar alternativas que visem o aperfeiçoamento do Ensino de História da África naquela escola. Diante das dificuldades observadas em ministrar a matéria, alguns pontos me chamaram atenção e no qual fiz questão de discorrer sobre eles. Primeiramente a falta de embasamento teórico por parte do corpo docente em relação à temática. O que os professores realmente conhecem sobre a África? Quantos estudaram a História da África em suas graduações? Sendo assim como aplicar de maneira satisfatória e até interpelar as legislações que discorrem sobre o assunto? Muitos professores formados ou sem formação, com algumas exceções, nunca tiveram, em suas graduações, contato com disciplinas especificas sobre a História da África. Soma-se a esse relevante fator a constatação de que a grande maioria dos livros didáticos de historia utilizada nesses níveis de ensino não reserva para a África espaço adequado, pouco atentado para a produção historiográfica sobre o continente. Os alunos passam assim, a construir apenas estereótipos sobre a África e suas populações.[1]
Essa falta de arcabouço teórico leva a uma homogeneização forçada do conteúdo por parte de alguns professores – ainda que bem intencionados – apenas a reprodução de discursos reducionistas cheios de preconceitos, sem uma preocupação em apontar e identificar o determinado objeto de estudo, nas palavras J. KI-ZERBO “é necessário evitar tanto a singularizarão excessiva da África, quanto a tendência a alinhá-la demasiadamente segundo normas