Ensinar e aprender lingua
De acordo com o estudo feito sobre o processo de ensino, os elementos linguísticos não podem tomar como unidade básica, pois consideramos os diferentes níveis de conhecimento prévio e cabe a escola promover a sua ampliação de forma que, progressivamente, durante os nove anos do ensino fundamental, cada aluno se torne capaz de interpretar diferentes textos que circulam socialmente, de assumir a palavra e como cidadão, de produzir textos eficazes nas variadas situações. A importância e o valor dos usos da linguagem são determinados historicamente segundo as demandas sociais de cada momento. Atualmente, exigem-se níveis de leitura e de escrita diferentes dos que satisfizeram as demandas sociais até há bem pouco tempo - e tudo indica que essa exigência tende a ser crescente. A valorização do uso da linguagem não é sempre a mesma, pois como na natureza, não há igualdades absolutas; não há, pois, expressões diferentes que não correspondam também a idéias ou a sentimentos diferentes. As diferenciações regionais reclamam estilo e métodos diversos, mas a verdade é que corrigindo-nos, estamos de fato a mutilar idéias e sentimentos que nos são pessoais. A variação de uma língua é a forma pela qual ela defere de outras formas da linguagem sistemática e coerentemente. O conceito de texto depende, evidentemente, das concepções que se tenha de língua e de sujeito. Na concepção de língua como representação do pensamento e de sujeito como senhor absoluto de suas ações e de seu dizer, o texto é visto como um produto – lógico - do pensamento (uma representação mental) do autor, nada mais cabendo ao leitor/ouvinte senão “captar” essa representação mental, juntamente com as intenções (psicológicas) do produtor. Desta forma, o ouvinte exerce um papel essencialmente passivo. Com este estudo pretendeu-se abrir debate em torno de novas perspectivas de trabalho com texto na sala de aula. Um trabalho que vai além de ensino de gramática na sala de aula, que focaliza