ensinar a produção escrita
Nesta primeira parte do texto, apresentamos algumas concepções teóricas sobre produção e explicamos como você pode trabalhar com esse eixo de ensino em sala de aula.
Seção 5 – Como entendemos a produção de textos?
Um dos objetivos a ser perseguido pela escola, segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais de Língua Portuguesa, é possibilitar que os alunos desenvolvam capacidades e competências que lhes permitam compreender e produzir textos, orais e escritos, de diferentes gêneros, para se tornarem competentes em relação ao uso da língua materna. Texto entendido, caro professor, “como qualquer produção linguística, falada ou escrita, de qualquer tamanho, que possa fazer sentido numa situação de comunicação humana, isto é, numa situação de interlocução” (COSTA VAL, 2004, p.113), organizado em um determinado gênero.
Escrever é comunicar-se, interagir. Nesse processo, é necessário considerar o que se diz, a quem se diz, de que forma se diz, qual o objetivo pretendido na prática interlocutiva. Segundo os
Parâmetros Curriculares Nacionais de Língua Portuguesa,
ensinar a escrever textos torna-se uma tarefa muito difícil fora do convívio com textos verdadeiros, com leitores e escritores verdadeiros e com situações de comunicação que os tornem necessários. Fora da escola escrevem-se textos dirigidos a interlocutores de fato. Todo texto pertence a um determinado gênero, com uma forma própria, que se pode aprender. Quando entram na escola, os textos que circulam socialmente cumprem um papel modelizador, servindo como fonte de referência, repertório textual, suporte da atividade intertextual.
(BRASIL, 1997, p. 28.)
Se os textos se organizam sempre dentro de “certas restrições de natureza temática, composicional e estilística, que os caracterizam como pertencentes a este ou aquele gênero” (BRASIL,
1998, p. 23), a noção de gênero, nas aulas de língua materna, precisa ser tomada como objeto de ensino. Os estudos realizados