Ensinar matemática: por quê?
Ana Carolina Coutinho Consani
(Graduanda – CCHE – UENP/CJ)
Através da análise da dicotomia Ciências Humanas e Ciências Exatas, o presente artigo tem como objetivo discutir os motivos para se ensinar matemática. O texto tratará, em um primeiro momento, da origem dessa concepção na reforma educacional na década de 70, quando o tecnicismo apregoava a valorização do ensino de ciências exatas como único modo de promover o desenvolvimento do país. Em um segundo momento, pretende-se debater os meios que reforçam essa crença, tais como a prática escolar, onde, mais frequentemente, cabe ao aluno a tríade copiar-memorizar-reproduzir. Será discutido, em um terceiro momento, o papel do Estado na educação, que faz da escola uma ferramenta para atender às necessidades do mercado. Não se tem a intenção de apresentar respostas; se trata apenas de questionamentos sobre a função social do ensino da matemática.
PALAVRAS-CHAVE: educação matemática; dicotomia; senso crítico; sociedade.
Educação matemática: esboço sobre a realidade
A partir dos princípios definidos na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional e em parceria com educadores brasileiros, o Ministério da Educação elaborou um novo perfil para o currículo escolar, visando à inserção do jovem na vida adulta. Tais parâmetros difundem os princípios da reforma curricular na educação brasileira e orientam o professor a buscar abordagens e metodologias que melhor atendam aos objetivos do ensino. De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais: A formação do aluno deve ter como alvo principal a aquisição de conhecimentos básicos, a preparação científica e a capacidade de utilizar as diferentes tecnologias relativas às áreas de atuação. (PCN, 2000, p.5, v. 1)
No que se refere às orientações sobre a matemática no Ensino Médio, essa disciplina deve ser vista em seus