Ensaísmo e a Sociologia atual
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O ensaísmo, por si só, traz uma definição pautada pelo lado poético – sem deixar de ser didático. Esse contexto exalta a criticidade e o poder de reflexão que expõe a ética e a filosofia acerca de um tema. As décadas de 1930 e 1940 foram determinantes para o surgimento e consolidação de uma importante vertente no conceito sociológico brasileiro. Os pilares dessa propagação de uma nova abordagem a respeito das origens da sociedade no Brasil foram Gilberto Freyre, Sérgio Buarque de Holanda e Caio Prado. Esse pilar forjou, cada um a seu modo, interpretações originais que estabeleceram uma modernidade que em nada se comparava com a concepção de sociologia tradicional desenvolvida na época. A transição política e social atravessada pelo Brasil ao desgarrar a sua formação colonial para um república ativa possibilitou uma análise diferenciada: o uso de metodologias sociológicas e filosóficas visando o desenvolvimento de teorias que justificassem a estruturação da sociedade até então. Essas análises utilizaram fatores inovadores, como o uso da cultura em contraponto à ciência. Hábitos, manifestações culturais, sexualidade e tantos outros temas foram abordagens que objetivaram definir grupos e explicar a miscigenação popular como resultante padrão da verdade brasileira – e também seus desarranjos. Esse resumo apresentado até o momento conflita com a acadêmica forma de se fazer sociologia nos dias atuais. Toda essa padronização com suas regras e referências científicas não era o modo de se entender a sociologia no Brasil. A formação abrangente dos escritores com suas variadas experiências - ora historiadores, geógrafos, jornalistas, críticos literários, etc – trouxe uma linha muito mais flexível e variada. Através de um linguajar escrito e desenvolvido entre a poesia e a didática, o contexto histórico da época foi filosoficamente analisado através de uma visão humanística, dissecando fatos sociais distintos nesse período: a histórica escravidão e todo o resultado da