ENSAIO2011SANS
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O PAPEL DA PROSTITUTA NA LITERATURA BRASILEIRA: UMA ANÁLISE DIACRÔNICA DOS FATOS E COMPARAÇÃO ENTRE LUCÍOLA E LÚCIA MACCARTNEYIsadora R.
Mariana P.
1. TEMA
A prostituição existe desde a antiguidade, percorreu a história do mundo até os dias atuais e influencia tanto nas práticas sexuais, quanto em questões sociais, políticas e econômicas. Através do tempo, e mais precisamente quando a sociedade tornou-se patriarcal, as prostitutas foram perdendo seu status e reconhecimento que um dia tiveram. O termo prostituição, porém não é atual, não podendo ser tão facilmente empregado, fora com algumas adaptações e desconsiderando a significação que a palavra carrega hoje.
Estipula-se que as primeiras prostitutas da história tenham vivido no Egito e na Mesopotâmia, onde os reis para legitimar seu poder e para o bem de seu povo deitavam-se com as sacerdotisas dos templos. A prática desses rituais sexuais-religiosos recebeu o nome mais tarde de Paganismo, conceito em oposição ao Cristianismo.
A divisão entre esposa e prostituta se deu na antiga Suméria, por volta de 2.000 a.c.. Começou então na história patriarcal a sistematização da boa e decente contra a má e indecente. A degradação da imagem da prostituta ocorreu aos poucos e de modo até imperceptível. Tal imagem foi mais afastada ainda da imagem da esposa, quando o homem tomou para si o direito de escolher com quem casar, ou seja, quando se tornou dono de sua mulher e seus filhos, assim como a vida e destino de ambos.
Esse estigma foi aprofundado na Grécia, primeiro, quando dividiram as sacerdotisas em de alta (instruídas intelectual e culturalmente), médias (normalmente eram imigrantes; dançarinas e especialistas em ginástica e sexo oral) e baixas (vendidas pela família, pobres e não tinham direitos) e segundo, quando a autoridade e poder aquisitivo das prostitutas tornaram-se uma ameaça à autoridade patriarcal.
Em contrapartida, na Roma Antiga, as prostitutas teriam tido uma participação na própria história. Atrás