Ensaio a cerca do entendimento humano parte I: John Locke
LOCKE, John. Ensaio acerca do entendimento humano. São Paulo: Abril Cultural, 1999. Col. Os Pensadores. Introdução e Livro I.p. 29-54
Daniel José Candaten1
Essa obra é uma reflexão sobre a origem das ideias e do conhecimento humano, ao mesmo tempo em que sobre os fundamentos metafísicos da racionalidade. A unidade destas duas problemáticas é necessariamente contraditória na perspectiva do empirismo que Locke inaugura, e de que este ensaio é um marco miliário. O empirismo de Locke começa por uma crítica da teoria das ideias inatas, aquela que o cartesianismo tinha formulado levando-a sem dificuldade a um grau de perfeição dificilmente ultrapassável. Locke pretende mostrar que o pôr em causa o inatismo não arruína de modo nenhum o valor objetivo das ideias (particularmente no domínio moral). Não existem ideias inatas no espírito humano, é a famosa "tabula rasa".
John Locke é o iniciador da teoria do conhecimento propriamente dita porque se propõe a analisar cada uma das formas de conhecimento que possuímos a origem de nossas idéias e nossos discursos, a finalidade das teorias e as capacidades do sujeito cognoscente relacionadas com objetos que ele pode conhecer. Seguindo este pensamento Locke, também distingue graus de conhecimento começando pelas sensações até chegar ao pensamento. Locke considera que o conhecimento se realiza por graus contínuos, que partindo da sensação vai até chegar às idéias. Para Locke o que vale é que a fonte de todo conhecimento é experiência sensível, responsável pelas idéias da razão e controlando o trabalho de toda razão. Sobre a linha do desenvolvimento do empirismo, Locke representa um progresso em confronto com os precedentes no sentido de que a sua gnosiologia. Tomando como base de texto sobre: Ensaio sobre o entendimento humano, tentaremos de forma cautelosa expor o nosso conhecimento sobre este assunto (p.29-33).
Locke introduz acentuando o que a mente introduz à ideia de infinidade e como essa é formada. Ele