Ensaio um rio chamado tempo uma casa chamada terra
Um paralelo entre Mia Couto e sua obra “Um Rio Chamado Tempo, Uma Casa Chamada Terra”.
Antônio Emílio Leite Couto, conhecido por Mia Couto, nasceu na Cidade da Beira, Moçambique, em 1955, filho de emigrantes portugueses. Entre 1971 e 1974 cursou medicina em Lourenço Marques. Após a independência política do país, em 1975, ingressou no ramo jornalístico e foi sucessivamente diretor dos seguintes órgãos de comunicação social: Agência de Informação de Moçambique (AIM), de 1976 a 1979; Revista Tempo, de 1979 a 1981; e Jornal Notícias de 1981 a 1985. Em 1989 abandonou a carreira jornalística para concluir o curso de biologia, especializando na área de ecologia, mas ainda mantendo uma colaboração para os antigos órgãos de comunicação. Como Biólogo tem realizado diversos trabalhos de pesquisa, atualmente trabalha como consultor permanente da empresa de avaliação de Impactos Ambientais, IMPACTO Lda. É professor da cadeira de Ecologia em diversas faculdades da UEM-Univercidade Eduardo Monolhame.
Mia Couto teve sua primeira obra publicada em 1983 o livro “Raiz de Orvalho”, só publicado em Portugal em 1999. Depois, dois livros de conto “Vozes Anoitecidas” em 1986 e “Cada Homem é Uma Raça” em 1990. Em 1992 publicou seu primeiro romance, “Terra Sonâmbula”; em 1994 “Estórias Abensonhadas”; 1996 “A Varanda de Frangipani”; 1997 “Contos ao Nascer da Terra”; 1999 “Vinte e Zinco”; 2000 “Mares me Querem” e “O Último Vôo do Flamingo”; 2001 “Na Beira da Estrada e Outros Contos” e “O Gato e o Escuro”; 2002 “Um Rio Chamado Tempo, Uma Casa Chamada Terra”; e em 2004 seu último livro “O Frio das Miçangas”.
Em 1999 foi vencedor do prêmio Virgílio Ferreira, pelo conjunto da obra; em 2001 recebeu o prêmio Literário Mário Antônio, em 2007 também ganhou o prêmio União Latina de Literaturas Românicas. Mia Couto é o único africano que é membro da Academia Brasileira de Letras. É hoje o autor, moçambicano, mais traduzido e divulgado no