Ensaio sobre ética e ressentimento
Instituto de Cultura e Arte - ICA
Curso de Publicidade e Propaganda
Disciplina: Ética e Legislação Pubilcitária
Professora: Silvia Belmino
Ensaio Acadêmico
Florisa Teles Viana
Fortaleza – 2013
Questionamento: "Como você percebe, na abordagem da ética da virtude ou da ética do dever, a possibilidade de um profissional do campo da publicidade e propaganda não estimular o ressentimento (no sentido nietzschiano ou de Scheler) no exercício da profissão?".
Ética do dever x Ética da virtude
“A maioria das discussões filosóficas sobre ética e moralidade nos últimos séculos concentrou-se no dever. Por conseguinte, a atual renovação no interesse peça ética da virtude tem sido articulada mediante o delineamento de contrastes entre a ética do dever e a ética da virtude.” (2006; VAN HOOFT, stan; p.15). Partindo disto, é interessante que seja feito um paralelo entre as duas éticas.
A ética do dever se coloca como regente social, ou seja, trata-se de um conjunto de “preceitos éticos” comum aos indivíduos que compõe determinada sociedade. Estes preceitos devem ser seguidos sem critica ou julgamento individual, baseiam-se no “o que devo fazer?”, “o que está estabelecido que eu faça?”. Segundo Stan Van Hooft, a ética do dever se pauta no altruísmo. A coletividade acima do individuo, o todo mais importante que a parte. A exemplo disto estão as leis estatais e/ou os dogmas religiosos, que devem ser cumpridos sem que haja questionamento pessoal.
Já a ética da virtude tem um caráter muito mais individualista, baseado nas particularidades – na consciência – de cada um. Enquanto a do dever é um regente social, a da virtude é um regente pessoal, ou seja, são nossos valores éticos próprios em que nos pautamos para criticar, questionar, uma decisão a ser tomada. Não nos pautamos mais no “dever fazer”, e sim no “dever ser”, no “como devo ser ?”, “como devo viver?”, “como devo me portar diante disto ?”. O individuo, agora