Ensaio sobre o fato, a verdade e a certeza
2ª Parte do capítulo da Verdade
Aristóteles dizia: "Negar aquilo que é e afirmar aquilo que não é é falso, enquanto afirmar o que é e pegar o que não é, é a verdade" (Met., IV, 7, 1011 b 26 ss.; v. V, 29, 1024 b 25). Aristóteles enunciava também as duas teses fundamentais dessa concepção de verdade. A primeira é que a verdade está no pensamento ou na linguagem, não no ser ou na coisa (Mel, VI, 4, 1027 b 25). O segundo é que a medida da verdade é o ser ou a coisa, não o pensamento ou o discurso: de modo que uma coisa não é branca porque se afirme com verdade que ela assim é, mas afirma-se com verdade que ela é branca porque é (Met., IX, 10, 1051 b 5).
A verdade não reina absoluta no intelecto do ser humano, pois nem sempre a proposição está em conformidade com a coisa. Antes, pelo inverso, se contrapõe a ela a não-verdade (involuntária distorção da verdade) e a mentira (voluntária distorção da verdade), e é justamente a diferença da não-verdade e da mentira que o juiz pode obter a verdade, pois a não-verdade decorre da não concordância da proposição com a coisa, e a mentira há conformidade.
Levando em consideração esses aspectos da verdade, da não-verdade e da mentira, podemos analisar mecanismos que separam o lembrar do esquecer que tem sido um grande desafio da ciência moderna, pois o conceito de memória varia de acordo com a especialidade no qual será aplicado. No entanto, um dos conceitos mais usados é a de memória como capacidade de reter e manipular informações adquiridas anteriormente.
Apesar de todas as análises já feitas por pesquisadores, ainda há uma questão que muito os intriga que é a relação da memória de curta e de longa duração. Portanto, há alguns que defendem que a memória de curta duração seria apenas o início do processo que levaria à formação de uma memória de longa duração.
A memória de curto prazo tem baixa capacidade de retenção da informação, ou seja, ela tem duração de alguns segundos ou