Ensaio sobre a política indigenista brasileira
As políticas nacionais têm reconhecido o índio brasileiro como um ser “humano” que por ter vivido até os tempos modernos apartado dos demais humanos, ficou estagnado na sua evolução. Vivendo em um meio ambiente que, sob certos aspectos poderia ser considerado propicio, no qual conseguia subsistir utilizando os conhecimentos primitivos que já havia conseguido desenvolver, o índio brasileiro não foi premido, na sua luta pela sobrevivência, pela necessidade de superar adversidades que ameaçassem essa sobrevivência, não foi forçado a evoluir. A perenidade de condições propícias no meio em que vivia, a possibilidade de sobrevivência nesse meio e nessas condições, associada às dificuldades que esse mesmo meio impunham a sua migração, resultou em “nichos” de seres “humanos” vivendo em estágios ainda primitivos da evolução humana.
Coerente com essa visão, o índio brasileiro é considerado pelas políticas indigenistas, como um ser “humano” que ainda não evoluiu o suficiente para entender e aceitar os valores, padrões e normas que regem a relação das pessoas no mundo moderno e, por isso, ele é tratado como um ser “humano” que não pode ser responsabilizado por um comportamento não conforme com esses valores , padrões e normas. Em decorrência, o índio brasileiro é tratado como ser “humano” que não têm condição de viver integrado ao concerto dos demais humanos.
Por considerações “humanísticas”, as políticas indigenistas nacionais reconhecem o direito dos índios brasileiros à sobreviverem em seu habitat (ele não teve mais que lutar para assegurar esse direito), o seu direito de continuar pautando sua vida segundo os ditames de sua cultura (procedimentos de aculturação do índio são considerados agressões a esses índios) e, felizmente, passou a contar também com o apoio de recursos da medicina moderna.
É provável, talvez certo, que os idosos de uma tribo ou aldeia, se