Ensaio sobre a liberdade
Os patriotas consistiam em pôr limites ao poder que ao governante se toleraria exercesse sobre a comunidade e essa limitação era o que entendiam por liberdade. Sendo tentada de duas maneiras. Primeiro, pela obtenção do reconhecimento de certas imunidades, conhecidas por liberdades ou direitos-políticos e em segundo expediente consistindo no estabelecimento de freios constitucionais.
Chegou um tempo em que os homens cessaram de julgar uma necessidade da natureza que seus governantes fossem um poder independente, de interesses opostos a eles. Iniciaram-se os governantes eletivos e temporários se tornando a matéria proeminente dos esforços do partido popular. O poder era o próprio poder da nação, concentrado, e numa forma conveniente ao seu exercício. Esse modo de pensar, ou melhor, talvez — de sentir, tornou-se comum na última geração do liberalismo europeu. O conceito de que o povo não precisa limitar seu poder sobre si mesmo, podia parecer axiomático quando o governo popular não passava de um sonho, ou de algo que se lia ter existido em algum período-remoto do passado.
Nem era tal noção necessariamente perturbada por aberrações temporárias como as