ENSAIO SOBRE A CEGUEIRA - ANALISE
(Frase na qual se inicia o livro)
O ensaio sobre a cegueira de Jose Saramago é um livro completamente reflexivo, onde podemos refletir bruscamente sobre nossos próprios valores, desde os nossos costumes ate mesmo na forma de analisar as pessoas que convivem aos nosso redor, ao compreender a obra sentimos na pele a aflição e o sofrimento de cada personagem, é uma obra com um grau de dificuldade de leitura um tanto elevado, devido ao estilo de escrita do autor.
A historia começa cruel e assustadora, onde um rapaz que se encontra sozinho dentro do seu carro a espera do sinal abrir quando de repente é tomado por uma cegueira onde não consegue enxergar mais nada a não ser uma imensidão branca, começa então a pedir socorro e ajuda gritando desesperadamente “Estou cego!”, este personagem é conhecido na historia como o primeiro cego, e a sua reação desesperadora não da a entender sobre a incapacidade do ser humano em reagir com a sua própria incapacidade, os personagens desta obra não são conhecidos por seus nomes pois o autor não datou acontecimentos, também não deu nome a cidade, e deixou seus personagens anônimos, apenas conhecidos por suas características, o que nos aproxima ainda mais do mundo cego.
[...] Ainda estava nesta balança entre a curiosidade e a discrição quando a mulher fez a pergunta directa, Como se chama, Os cegos não precisam de nomes, eu sou esta voz que tenho, o resto não é importante, Mas escreveu livros, e esses livros levam o seu nome, disse a mulher do médico, Agora ninguém os pode ler, portanto é como senão existissem.
SARAMAGO, José. Op. cit. p. 275.
Então o primeiro cego em meio ao caos do transito é socorrido por uma alma “caridosa” um homem (o cego ladrão) que oferece ajuda para levar o cego ate na casa dele, porem age de má fé, ele rouba o carro do primeiro cego, porém ele acaba por ser contaminado, dando continuidade assim na epidemia, e acaba morrendo pelos soldados no manicômio.
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