Ensaio sobre a bibliografia dada: As relações entre as elites intelectuais e políticas, as instituições brasileiras e o liberalismo.
A organização do estado brasileiro, tal como é nos dias atuais, se resulta das diversas transformações acompanhadas desde a sua origem embrionária na formação da sociedade nacional e, sempre casada com o cenário internacional de mudanças e conquistas. Porque o nosso Brasil não emergiu de uma evolução na organização tribal dos ingênuos índios influenciados pelos astutos portugueses, que visavam apenas o progresso da nossa nação com uma ajudinha da mão de obra escrava. O famigerado progresso da nação, justificativa da forma como desencadeou a exploração da colônia brasileira, era primeiramente o progresso da nação europeia, o progresso dos nossos colonizadores. O desenvolvimento e a modernização do Velho Mundo dependia da colonização desleixada das suas colônias, da usurpação da terra, da crueldade com a cultura indígena e do suor do negro escravizado. A colonização do Brasil foi um feito do capital comercial que começava a girar suas engrenagens.
A Independência do Brasil (1822), fato revolucionário marcante da nossa história e que realmente desencadeava uma mudança das relações econômicas, organizativas e representativas na recente nação brasileira, foi uma Revolução inflamada através da filosofia liberal, entretanto, muito diferente das demais e principais Revoluções Burguesas antecedentes - Inglaterra, no século XVII; França no século XVIII e E.U.A. no século XVIII. A ruptura com a condição de colônia representava uma “necessidade histórica” da época, porém, foi um fato invevitável e de exigência das elites nativas, interessadas mais no rompimento com o estatuto colonial à transformação da estrutura de sociedade vigente. O movimento de 1822 casava elementos revolucionários junto ao conservadorismo, não foi impulsionado por nenhum levante de massas incitados a alcançar mudanças estruturais e sociais, apresentou-se enquanto