Ensaio Sobre Vin Cius De Moraes
A grandeza da obra de Vinícius de Moraes.
Nome: Riane P. Coura Chagas Turma: QUI-2
Professor: Aurélio Takao
Vinícius de Moraes foi um grande poeta brasileiro. Sua escrita era essencialmente lírica e é ainda hoje conhecido pelos seus sonetos. Foi também, grande amigo e parceiro em composições de Antônio Carlos Jobim (Tom Jobim). Analisaremos alguns sonetos, em seus três narradores presentes no texto e as fases de sua escrita, no decorrer de sua carreira.
Em sua base literária, podemos observar que com um tom exaltado, abarrotado de ressonâncias, tanto na forma como no tema, sua poesia está impregnada de religiosidade e misticismo neossimbolistas. O poeta parece querer recuperar o espiritualismo na poesia, claramente em oposição às liberdades formais da primeira fase do modernismo. Sua linguagem se transforma: é direta e ardente, usando palavras realistas e ao mesmo tempo muito líricas para descrever a confidência, a ternura física e a plenitude dos sentidos. Os sonetos são considerados a parte mais importante de sua obra. Com toques de erotismo e competência, ele revigorou essa forma de composição, ignorado pelos modernistas da primeira fase, produzindo, assim, alguns dos mais belos sonetos de nossa língua.
Vamos analisar agora alguns de seus sonetos. Começando por:
Soneto de separação
De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto.
De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez-se o drama.
De repente, não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente.
Fez-se do amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente.
Oceano Atlântico, a bordo do Highland Patriot,
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