Ensaio sobre artigo
Bertrand Russel.
Extinção, definida no dicionário Aurélio como “ação ou efeito de extinguir-se”, nada mais é em biologia que o termo designado a expressar o desaparecimento total de espécies, podendo as mesmas serem consideradas extintas quando não mais exista capacidade reprodutiva, indicando assim, o último ou os últimos exemplares de uma espécie extinta. A extinção em massa não é uma novidade na terra, nos 600 milhões de anos que a mesma abriga vida, já vivenciou cinco grandes eventos desta natureza. Ao que tudo indica, estamos vivendo o sexto, e ao contrário dos demais, causados por vulcanismos, impacto de meteoritos e outras situações ainda não completamente elucidadas, uma espécie é a grande responsável pela catástrofe que se anuncia, denominada cientificamente Homo sapiens, e popularmente conhecida como seres humanos, iguais a esse que vos escreve, iguais a você, inclusive você.
Este evento de extinção em massa, nomeado pelos cientistas como “defaunação do antropoceno” é o tema de um recente artigo publicado na Science, renomada revista cientifica. O termo "defaunação" foi escolhido para enfatizar que o problema não se limita à extinção de espécies como um todo, mas abarca também o desaparecimento de pequenos grupos locais e a redução do número de indivíduos em cada um desses grupos.
O antropoceno começa cerca de 500 anos atrás, no momento que a ação humana se intensifica em relação aos recursos do planeta, e se estenderá pelo período que vivermos e realizarmos nossas ações antrópicas. Os dados apresentados se mostram assustadores: desde 1500, 322 espécies de vertebrados terrestres foram extintos, e os demais vem sofrendo uma redução média de 25 % no número de indivíduos, o que na verdade tende a ser pior inclusive que as extinções, por seu efeito nos ecossistemas. A situação se mostra ainda mais crítica no tocante a invertebrados, com declínios de até 45 % na população de 2/3