Ensaio Morte e Morrer na psicanálise
FACULDADE DE CIÊNCIAS
DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA
GIOVANA FERNANDES FORLEVIZE
REFLEXÕES ACERCA DO TEMA MORTE EM PSICANÁLISE: O LUTO E AS PULSÕES
Bauru
2013
REFLEXÕES ACERCA DO TEMA MORTE EM PSICANÁLISE: O LUTO E AS PULSÕES
Trabalho de conclusão da disciplina Clínica Psicanalítia II, apresentado pela aluna Giovana Fernandes Forlevize, RA: 1022571
Bauru
2013
Falar de morte atualmente traz desconforto para alguns e gera curiosidade em outros, mas a verdade é que a questão da morte é um tema velado nas mais variadas culturas dos homens atualmente. Como tudo que é sagrado, inspira fascínio e medo, fomenta rituais e tradições e até instaura tabus. O que chama a atenção é que a subjetividade moderna, marcada pelo racionalismo e o universalismo, não tenha sido capaz de se apropriar da questão da morte efetivamente. Pelo contrário, nossa modernidade excluiu a morte como signo do fracasso da vontade e poderes humanos.
A psicologia vem abarcar essa questão em sua subárea “psicologia da morte”, a qual procura direcionar seus estudos e aplicações às questões que consideram a morte enquanto parte do ciclo vital humano, sendo defendido que a morte seja o fim de um ciclo e não um evento a parte da vida. Considera também o processo de luto individual e social, do enfrentamento da própria morte ou da morte do outro, além da morte física original, e das pequenas perdas de objetos de desejo enquanto mortes parciais e até mesmo a morte em vida é levada em conta, e nessa é possível que o sujeito se de conta ainda antes de morrer, podendo reaver o tempo que perdeu.
O processo de enfrentamento da morte, seja este o luto, atravessa diferentes estágios que vão desde o conhecimento da iminência de morte até a própria morte, no caso da morte de si mesmo, ou até o “pós-morte” no caso da morte do outro e é nesse processo que diversas patologias se instalam no sujeito, como por exemplo, o luto patológico que é marcado pela