Ensaio maquiavel
Avaliação II – Ensaio II “Fortes Fortuna Adiuvat” – A fortuna favorece os audazes?
Introdução
O que se quer discutir neste ensaio? Em que contexto? Fundamentado em qual autor e obra? Ora, embora se possa debater o tema com base em qualquer autor ou obra que possua algum tipo de ligação, direta ou indireta, ao mesmo, a palavra “fortuna” evoca necessariamente, na história da filosofia ocidental, mais do que qualquer outro filósofo, o enigmático e sinuoso chanceler florentino Niccolò Machiav ou Nicolau Maquiavel (1469-1527), e sua conhecida obra O Príncipe. Quanto ao contexto, o mesmo não será necessário devido à própria natureza da questão, apesar de se tentar uma definição tendo-se por base o pensamento de Maquiavel em seu tempo. No que se refere ao problema deste ensaio, ele será inevitavelmente este: a fortuna, segundo a concepção específica dada por Maquiavel, favorece somente os audazes? Ressalta-se que o intuito deste ensaio não é fazer história ou biografia de Maquiavel ou de sua aludida obra, O príncipe, mas problematizar o que se pode pensar e inferir da frase “A fortuna favorece os audazes”, sendo sua fundamentação estritamente voltada à obra O Príncipe. Isso significa que não se recorrerá a outros autores (filósofos ou comentadores) para a discussão em pauta. Para o presente intento, o presente ensaio foi estruturado, além desta introdução, em três partes, com os seguintes títulos: 1º) Problematizando a questão; 2º) concepção de fortuna e virtù em Maquiavel na obra O Príncipe; e 3º) Arriscando uma possível resposta. O primeiro discorrerá sobre a questão enquanto posto como problema filosófico, bem como sobre as concepções etimológicas das palavras nela envolvidas. O segundo dará uma visão geral daquilo que Maquiavel entendia e concebia ao usar as