Neste trabalho discute-se o problema se devemos aceitar, como eticamente correto, o impacto ambiental provocado pela indústria na atualidade. A Revolução Industrial é o marco desencadeador de transformações profundas no paradigma de consumo, ao mesmo tempo, nos últimos séculos, o mundo experimentou uma explosão demográfica sem precedentes aumentando assim a necessidade de consumir, levando a um profundo crescimento das indústrias em número, áreas de atuação e variedade de produtos. Podemos pensar que a industrialização é benéfica devido ao desenvolvimento económico e criação de emprego que ela promove, mas a atividade industrial tem um enorme impacto negativo no meio ambiente. Neste ensaio a posição defendida é de que o impacto ambiental provocado pela indústria na atualidade não é aceitável. Segundo a teoria ética de Stuart Mill o valor moral de uma ação reside nas suas consequências, tratando-se por isso de uma teoria do tipo consequencialista. Segundo esta teoria, só faz sentido valorizar uma ação pelo bem, felicidade ou prazer que ela pode proporcionar. É uma ética que se baseia num princípio único: o princípio da maior felicidade. De acordo com este princípio um ato é certo se maximizar o bem e contribuir para a felicidade do maior número de pessoas possível. Caso contrário a ação será má, tal como o ato egoísta em que só é tido em conta o meu bem-estar e não a felicidade geral. Portanto, do ponto de vista utilitarista, o impacto ambiental provocado pela indústria não é aceitável visto que traz consequências avassaladoras para o meio ambiente. A atividade industrial consome 37% da energia mundial e emite 50% do dióxido de carbono, 90% dos óxidos de enxofre e é a geradora de todos os produtos químicos que atualmente ameaçam o meio ambiente. Ora, isto provoca a poluição do ambiente de modo massivo e irrecuperável devido á destruição da camada do ozono com o consequente efeito de estufa e mudanças da temperatura das águas oceânicas, bem como a