ensaio do filme o advogado do terror
2014
O filme “O advogado do Terror”, que retrata a história de Jacques Vergès, leva a tona que a ação profissional pode sofrer a influência direta da ideologia, política, humana, social que, consoante ao fator da formação acadêmica do homem, poderá ser relevante ou aviltante, ofendendo sua dignidade, para o avanço dos modelos sociais de importância. Visto que no segundo caso se enquadra Vergès, anticolonialista, o mesmo apresenta-se como um indivíduo idealista centrado na luta de apoio a ditadores e militantes de causas extremistas, como Pol Pot, Wadi Haddah, Carlos, o Chacal, entre outros... Percebo que o advogado inicia seus ideais de liberdade e justiça defendendo acusados de assassinar muitos, implantando bombas, durante a Revolução da Argélia, e, no transcorrer do filme, defende terroristas da Alemanha, Irã e Palestina, destacando um torturador nazista responsável pelo Holocausto: Klaus Barbie. No entanto Vergès cria laços, estreitando relações com as partes rés, o que nos faz duvidar de seu ideal de justiça. Posso observar através de seu casamento com Djamilla Bouhired (terrorista), sua amizade com o ditador Pol Pot e com Wadi Haddah, criador do terrorismo internacional, apoiando os movimentos terroristas palestinos, como também sua relação íntima com Magdalena Kopp. As razões do advogado diante dos fatos, bem como os modos de tratamento, me mostrou que sua determinação e envolvimento são fatores determinantes, que levam ao engajamento com os líderes políticos como atitudes de satisfação pessoal e profissional. Isto é facilmente notório quando Vergès afirma: “Nós, advogados, temos um grande privilégio com relação aos médicos. Podemos dizer a alguém: “eu não vou defendê-lo”. Mas se concordarmos em fazê-lo, esta confiança exige de nós que lutemos com unhas e dentes para defendê-los e usemos todas as armas da lei e das práticas jurídicas. Mas nunca devemos cruzar a linha branca porque, se de outra