ENSAIO DA DOUTRINA DA ESSÊNCIA DE HEGEL
CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E LETRAS
DEPARTAMENTO DE FILOSOFIA
CURSO DE LICENCIATURA PLENA EM FILOSOFIA
TÓPICO ESPECIAL DE ONTOLOGIA I
PROF.º JOSÉ IRAN
ENSAIO DE
ENSAIO DA DOUTRINA DA ESSÊNCIA DE HEGEL
JOSÉ RAIMUNDO GUIMARÃES FORTES
29 de novembro de 2010
Teresina-PI
Hegel e Platão foram dois filósofos notórios separados por séculos e mais séculos. Contudo, partindo-se de um estudo minucioso, os dois se encontram e revelam que têm muito em comum. Mergulhando no pensamento hegeliano, vêm à tona muitas passagens do que fala o próprio filósofo grego Platão. São muitos os pontos comuns e este ensaio modesto se compromete em levantar ao menos alguns.
Para começar, apresenta-se Hegel que começa a introdução de sua obra A Doutrina da Essência com a afirmação de que a verdade do ser é a sua essência e o ser é o imediato. O verdadeiro, diz Hegel, não se detém no imediato, que é o ser. Na verdade, penetra através deste, por trás do qual está a verdade do ser, isto é, a sua essência. Hegel conclui que só se adquire essa verdade pela mediação do ser, motivo por que a verdade do ser é considerada mediata. O caminho do saber se internaliza no ser, chegando à essência do mesmo.
Neste ensaio, mais interessa a negação extrínseca que elimina as determinações do ser, sendo que, negando-o, afirma a sua essência e vice-versa, um modo de afirmar algo negando outro.
O que isto quer dizer? A afirmação da verdade do ser equivale – a sua essência – à negação do imediato, isto é, aquilo que se apreende imediatamente. Também é correto dizer que a negação do que se chega através da mediação do ser é a afirmação desse mediato. Em suma, a afirmação de um é a negação do outro.
Fácil é tecer uma comparação entre esse jogo de idéias de Hegel com as idéias daquele que foi um dos maiores dos filósofos gregos da Antiguidade: Platão. Este foi o filósofo das Idéias. O ponto central de sua discussão se