Enredo do livro policarpo quaresma
A primeira parte se passa no Rio de Janeiro, onde Policarpo trabalha como funcionário do Arsenal de Guerra. Ele vive com a irmã, Adelaide, e dedica seu enorme tempo livre ao estudo minucioso sobre o Brasil. É conhecido como Major Quaresma, embora não tenha essa patente militar. Seu patriotismo exagerado é motivo de chacota nas redondezas.
É nessa parte que entra em cena o personagem Ricardo Coração dos Outros, quando Policarpo decide dedicar-se às aulas de violão, instrumento que ele julgava expressão máxima da alma nacional. O costume de tocar violão era visto com maus olhos pela elite da época. O instrumento era considerado sinônimo de boêmia e vadiagem, hábitos que poderiam levar quem os praticasse a passar a noite na cadeia e ainda tomar uma tremenda surra.
Por isso, a zombaria em torno de Policarpo aumenta ainda mais e assume ares maldosos. O protagonista acaba descobrindo que o violão não era genuinamente nacional, tendo sido trazido ao Brasil por estrangeiros europeus, e perde o interesse, puramente patriótico, pelo instrumento.
Por ocasião do noivado de sua filha Ismênia, o general Albernaz realiza uma grande festa em sua mansão. Nesse episódio, Lima Barreto escreve uma grande sátira ao comportamento das elites brasileiras da época. Desfilam, na recepção, vários personagens medíocres, cheios de títulos vazios: contra-almirante Caldas, doutor Florêncio, major Bustamante, Armando. O povo também é satirizado. As figuras populares ficam embasbacadas diante do título de “doutor” de Cavalcanti, o noivo de Ismênia. Essa cena é interrompida quando Genelício, um típico burocrata, dá a todos a notícia de que Policarpo havia sido internado num sanatório.
Após abandonar os estudos musicais, o protagonista começara a aprender o idioma tupi e redigira à Câmara um requerimento em que pedia a adoção do tupi-guarani como idioma oficial da pátria. Em