lhe explicara esquematicamente a finalidade do projeto. Hall achou tudo aquilo umtanto divertido e concordou em juntar-se à equipe, caso algum dia os seus préstimosse tornassem necessários. Sua opinião pessoal era de que aquela história jamais da-ria em coisa alguma.Leavitt se oferecera para fornecer-lhe todas as informações, bem como para man-tê-lo a par do desenvolvimento do projeto. Inicialmente, Hall aceitara as pastas ama-velmente, mas logo tornou-se evidente que não se dava ao trabalho de lê-las, e as-sim Leavitt desistiu de fornecer-lhas. Essa decisão agradou a Hall já que preferia nãover a sua mesa abarrotada de papéis,Um ano antes, Leavitt perguntara-lhe se Hall não tinha qualquer curiosidade comrelação a algo com que concordara associar-se e que, no futuro, poderia tornar-seperigoso.- Não - respondera Hall. Agora, porém, na sala dos médicos, Hall lamentava essas palavras. O aposento erapequeno, com escaninhos nas quatro paredes e não tinha janelas. No centro, haviauma grande máquina de café tendo ao lado uma pilha de copos de papel. Leavitt es-tava se servindo, com o seu rosto solene e aparentemente pesaroso.- Aposto que esse café está horrível - comentou ele.- Não se consegue uma xícara de café decente em todo o hospital. Ande logo emude de roupa.- Será que não se incomoda de me dizer primeiro por quê?- Me incomodo sim. Vamos; troque de roupa. Há um carro esperando lá fora e jáestamos atrasados. Talvez já seja até tarde demais.Leavitt falava de modo melodramático e grosseiro, coisa que sempre aborrecera aHall.Ouviu-se um ruído característico, enquanto Leavitt bebia o seu café.- Exatamente como desconfiei - disse ele. - Como é que vocês conseguem suportaresta porcaria? Vamos depressa, por favor.Hall destrancou o seu escaninho e chutou a porta para mantê-la aberta. Encostou-se à porta e arrancou a cobertura plástica dos sapatos. Essa proteção era usada nasala de operações com a finalidade de prevenir descargas de eletricidade estática.- Imagino que a