Engenheiro Civil
Este texto não vai se limitar a fazer apologia aos empreendedores. Trata-se de argumento fácil, mesmo existindo alguns empreendedores que, exceção à regra, não possuem ética. No Brasil, no entanto, ao contrário de outros países, o empreendedorismo ainda precisa ser frequentemente e moralmente defendido. Isso talvez seja fruto de uma herança cultural que valoriza o emprego público como caminho para uma vida mais tranqüila e pouco inspirada ou, ainda, de um ambiente econômico que favoreceu a especulação à inovação. Difícil dizer com certeza, mas o fato é que, em um dos países mais “estatizados” do mundo, aqueles que empreendem ainda não são valorizados e compreendidos de maneira adequada. Nesse sentido, tentaremos desmistificar algumas das percepções acerca dos empreendedores.
1.Empreendedores são capazes de lidar tanto com risco quanto com incertezas
Embora risco e incerteza possam parecer a mesma coisa para muitas pessoas, elas são coisas bem distintas. Tanto é assim, que as empresas de seguro estão dispostas a vender seguros contra roubo, incêndio ou mesmo morte, mas não contra fracasso no lançamento de um produto, de um negócio ou de uma parceria. Empreendedores precisam computar, mesmo que apenas intuitivamente, tanto riscos – que teoricamente podem ser calculados matematicamente –, quanto incertezas, tais como “o mercado irá receber bem meus produtos e serviços?”, “vou