engenheiro civil

WINDHUK – O CANTO DO VENTO
“Muita história é esquecida por falta de memória, conveniência política ou por vergonha, mas esta deixa que eu conto”
Julho de 1939. O navio Windhuk deixa o porto de Hamburgo transportando a elite europeia 400 passageiros mais 244 tripulantes para um cruzeiro a África.
Agosto de 1939. Após atracar no porto da Cidade do Cabo na África do Sul, colônia inglesa na época, estoura a segunda guerra mundial, França e Inglaterra declaram guerra à Alemanha e o capitão recebe ordens para deixar o Porto e refugia em Lobito em Angola.
Setembro de 1939. Com os suprimentos no fim o capitão decide deixar Angola e rumar para a Alemanha, o navio é caçado pela marinha inglesa, o capitão decide pintar o navio em alto mar com as cores do Japão, adotou o nome de Santos Maru e veio se refugiar no Brasil, um pais neutro até então.
Dezembro de 1939. Os passageiros que não desembarcaram na África, desembarcaram em Santos, e a tripulação toda alemã de 244 tripulantes passam a viver confortavelmente em Santos e São Vicente, com salários pagos pelo governo alemão.
Janeiro de 1042. Navios mercantes brasileiros são atacados pela marinha alemã, o Brasil declara guerra à Alemanha. Os tripulantes do Windhuk são caçados no navio e pensões, presos e levados para campos de concentração no Vale do Paraíba, Pindamonhangaba e Guaratinguetá, isso mesmo tivemos campos de concentração no Brasil para Alemães.
Durante a prisão os tripulantes foram bem tratados, trabalhavam na agricultura, mas viviam de forma modesta em estábulos adaptados como moradias, recebiam visitas da colônia alemã no Brasil.
Maio de 1945. Termina a segunda guerra e após 3 anos de prisão os alemães são soltos, com a Alemanha arrasada pela guerra a maioria ficou no Brasil, a orquestra mais 50 pessoas foram contratados para trabalhar no Grande Hotel de campos do Jordão, hoje hotel do Sesc em Campos do Jordão e contribuíram para o desenvolvimento turístico, pois Campos naquela época recebia na maioria