Engenharia
grampo telefônico
Telefones grampeados aparecem o tempo todo em filmes de crime e espionagem. Espiões e bandidos sabem que o inimigo está ouvindo, por isso usam códigos para falar ao telefone e ficam de olho para ver se encontram microfones implantados. No mundo real, não pensamos muito a respeito disso. Na maior parte do tempo, achamos que nossas linhas telefônicas estão seguras. Normalmente elas realmente estão, mas somente porque ninguém está interessado em escutar o que conversamos. Se estivessem, poderiam grampear qualquer linha telefônica facilmente.
Entretanto, no Brasil, muitas pessoas têm seus telefones grampeados, como foi o caso do ministro Luiz Gushiken, da Secretaria de Comunicação e Gestão Estratégica da Presidência da República, que revidou dizendo que foram ilegais os procedimentos de espionagem noticiados. Mesmo sendo ilegal, essa prática ocorre até mesmo por ser muito simples.
Apesar do direito à privacidade assegurado pela Constituição, há uma variedade de produtos utilizados em grampos disponíveis na Internet, com uma facilidade enorme para adquiri-los. No Brasil, a Lei 9.296/1996 estabelece a permissão de grampo telefônico apenas para apurar crime para o qual é prevista pena de prisão e somente com ordem judicial. Mesmo assim com R$ 50,00 ou R$ 100,00 é possível adquirir uma escuta que transmite as conversas em freqüência FM, captada por qualquer rádio. Este aparelho é plugado na linha telefônica e as conversas podem ser ouvidas ou gravadas num raio de 80 metros. Alguns modelos mais sofisticados podem chegar a R$ 700,00. A tecnologia simples do telefone o faz um sistema propenso a escutas clandestinas
Neste artigo, vamos explorar, na prática, o telefone grampeado para vermos como ele é simples. Também vamos ver alguns diferentes tipos de grampo telefônico, descobrir quem grampeia telefones e examinar as leis que regulamentam esta prática.
Para aprender como funciona o grampo telefônico, antes é