Engenharia
Ficou conhecida, na história da eletricidade, como a “Guerra das Correntes”. De um lado, Edison defendia a corrente contínua (CC); do outro, Westinghouse e Tesla, a corrente alterna (CA) . Edison, como era seu hábito, levou a argumentação ao extremo: ao ponto de inventar a cadeira elétrica, para mostrar como a CA era perigosa; chegou, mesmo, a electrocutar um elefante em público, com CA, claro!
Ganharam Westinghouse e Tesla, acabando por prevalecer, nas redes de transporte e distribuição de eletricidade, a CA. Tem sido, uma boa aposta: os transformadores são dispositivos simples e fiáveis que permitem com facilidade converter níveis de tensão (as tensões mais altas são propícias ao transporte de grandes quantidades de energia a grandes distâncias e as tensões mais baixas são mais adequadas à utilização final); o motor assíncrono demonstrou, por seu lado, ser uma máquina simples e robusta.
Mas, pouco a pouco, como a dar razão a Edison, a CC foi-se espalhando no Mundo. Porque, afinal, a electrónica trabalha em CC e a electrónica está, hoje, presente em toda a parte, ao ponto existirem, já, mais de um bilião de transístores por pessoa.
Ora, a energia eléctrica é transportada em CA, e tem de ser transformada para CC para alimentar a electrónica, ou, no futuro, os veículos eléctricos. Esta transformação acarreta, nos Estados Unidos, segundo a “start-up” Transphorm, perdas de 10% da energia total utilizada. Um valor elevado, que justifica grandes investimentos em inovação.
Foi, precisamente o que fez a Transphorm, que tendo levantado 38 milhões de dólares de capital de risco, uma parte do qual da Google, desenvolveu um módulo de conversão de correntes, de baixas perdas, construído a partir de materiais não convencionais à base de Nitreto de Gálio.
Nesta linha, a agência americana ARPA-E, financiou, também, outras inovações de fundo, em electrónica de potência, das quais sobressai um “Smart solid-state transformer”, destinado a substituir os