Engenharia
Tão antiga como a escrita, a criptografia vem evoluindo desde a invenção do computador, transformando-se em ferramenta imprescindível nesses tempos de Internet e correio eletrônico
Como a maioria dos usuários de internet já deve estar ciente, pacotes com mensagens de correio eletrônico, entre outros, trafegam abertamente pela Internet – até atingirem seus respectivos destinos. Nesse percurso, um intruso pode facilmente interceptá-los e ler, ou até alterar seu conteúdo.
Casos ainda piores podem ocorrer quando senhas, números de cartão de crédito e outras informações confidenciais são transferidas pela rede. Como garantir que os dados em pacotes não serão modificados em trânsito? Como garantir que intrusos não serão capazes de obter as informações confidenciais que trafegam na rede? Como garantir que o autor de uma mensagem é quem realmente diz ser? Esses e outros problemas similares, em redes e canais de comunicação inseguros, podem ser resolvidos com o uso de criptografia, que será o assunto deste trabalho.
Criptografia, é a ciência ou a arte de cifrar e decifrar informações, mantendo-as em segredo e garantindo que somente as pessoas autorizadas terão acesso a elas. Com criptografia, podemos também criar mecanismos de autenticação com assinaturas digitais e métodos para a verificação de integridade dos dados, como veremos adiante.
A criptografia é tão antiga quanto a própria escrita. Existem evidências, por exemplo, de que os espartanos, na Grécia, já usavam mecanismos primitivos de codificação, que permitiam que mensagens secretas fossem trocadas para comunicar seus planos de guerra.
Júlio César, imperador romano, enviava mensagens aos generais trocando letras do alfabeto a partir da regra pule três: as letras eram substituídas pela terceira letra seguinte.
A tecnologia de criptografia não mudou muito até a Segunda Guerra Mundial. Com a invenção do computador, a área floresceu rapidamente. Aliás, muitos acreditam que o computador