Engenharia e meio ambiente
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PENSAMENTO SISTÊMICO - UM NOVO MOMENTO AMBIENTAL NO BRASIL Wagner França (*) Há pouco mais de 28 anos (1983) Theodore Levitt entronizou a expressão “globalização”, num artigo em que sentenciava: “a globalização dos mercados é iminente”. Desde então, o desenvolvimento tecnológico produziu a revolução que conhecemos. Recentemente no Brasil, o presidente mundial de uma empresa de tecnologia contava numa palestra que em breve desaparecerão os objetos eletrônicos e as casas terão algo semelhante a uma tela de plasma que funcionará como um servidor geral para todas as utilidades comandadas por voz ou por toques. Assim, em dez anos passamos rapidamente do surgimento da Internet até essa fantástica forma de convergência, tocada à voz, que decretará o fim dos aparelhos eletrônicos. É realmente impossível definir os contornos precisos dessa “Era Global” marcada por mutações tecnológicas tão rápidas. A globalização é o resultado de um processo de tecnologia instalado no tecido social. Esse processo cria uma conectividade; o tecido social com tal tecnologia ganha „sensibilidade biológica‟. Quando eu piso o seu dedinho, na mesma hora, a sua cabeça percebe e você reage: „tire o pé daí!‟ Esse é o tempo real – o tempo de uma organização ser agredida em um determinado ponto, percebê-lo e reagir em relação àquela agressão. Hoje, uma empresa saudável precisa lembrar que, com a tecnologia da informação, o tecido social adquiriu a sensibilidade biológica. As empresas, por sua vez, tornaram-se organismos vivos, com sensibilidade, capacidade de adaptação e resposta em tempo real; como se fossem pessoas. E são avaliadas como as pessoas por todas as suas ações. Segundo um conhecido pensador do marketing contemporâneo, “os patrocínios e investimentos sociais, culturais, ambientais e esportivos são para as empresas o que as atitudes são para os indivíduos: um meio concreto de expressão”. Daí a expansão da noção de responsabilidade social, a utilização cada vez maior de ações socioculturais,